terça-feira, 27 de julho de 2010

J ibuf sfmjhjpot.

foi uma situação desagradavel. na verdade, não pode se dizer que foi desagradavél. isso é pouco. a situação era terrivel. a ponto de você se perguntar o porque que alguem merece isso. foi assim que eu estava. a situação previamente citada começou assim como todas as coisas ruins que acontecem na vida de qualquer pessoa. do nada. sim, não negue, sempre que você esta na felicidade ou no conforto alguem/algo complica a situação (eu ia usar um termo não ortodoxo, mas nunca se pode garantir quem vai ler esse texto. e não quero ser processado, não deve ser agradavél. advogados sabem sugar seu dinheiro tõ bem quanto mentir. e as vezes usam de ambos. esse parenteses já esá bem grande, com licença) . eu estava muito bem, sim, surpreenda-se, e a vida ia bem. não havia do que reclamar. sim, havia uma reclamação aqui e ali. não existe uma unica alma viva nesse mundo que esteja completamente satisfeita com seu status quo. seja um rico em sua mansão ilegal que queria uma piscina com 5 metros a mais, ou um sem-teto que queria tirar o 'sem' de seu titulo. mas relevando a minha chatisse com as pequenas coisas, eu estava muito feliz. mas a vida é uma caixinha de surpresas que, assim como em caixinhas de surpresas reais, as surpresas são no geral desagradaveis. pois bem. era uma manha pacata, num dia pacato com situações pacatas e conversas pacatas. (e muitos poucos adjetivos). estava tendo uma conversa igualmente pacata com um homem do meu trabalho, gente boa, devia ser um pouco mais novo do que eu mas aparentava ser muito mais velho. ele falava algo sobre aviões. não que isso tivesse nada a ver com o que eu efetivamente fazia no trabalho, era aquele tipo de papo de duas pessoas que vão pegar um café e não querem ficar em um silencio constrangedor. e ele me vem falar de aviões. e ele, aparentemente, não conseguia perceber que aquele olhar em meu rosto dizia que eu não dava a mínima para o que ele falava. mas, pois bem, eu demorava para terminar meu café mas deixei-o continuar, quem sabe em algum momento da minha vida eu vou precisar saber sobre as revolucionarias medidas do novo air blá-blá-blá. no meio da conversa (enquanto ele me falava sobre a cauda aerodinamica do dito air blá-blá-blá) ele começou a falar estranho. falava apenas sons que não sabia distinguir de maneira nenhuma. começei a achar estranho assim como qualquer um acharia. perguntei o que ele estava falando. ele parou e repitiu o mesmo sons indefinido de pouco antes. eu fiquei parado, me perguntando se aquilo era uma brincadeira. resolvi perguntar isso à ele. ele disse que brveuoow? (não sei o que ele falou, mas aparentava ser uma pergunta). eu disse que ele não falava paravras com sentido. ele repetiu o som anterior. eu continuei encarando-o. ele disse vvndfje e colocou a mão no meu ombro e parecia preocupado com algo. falei esquece e me dirigi para meu cubilo não longe dali. o lugar onde eu trabalhava era bom. não maravilhoso. bom. tinha ar-condicionado, e isso ja contava muito, vide o calor do lado de fora, mas ainda era tudo incrivelmente monocrômico que eu ignorava a existência do resto das coisas. chegando na minha falha tentativa de um escritório confortavel, eu me sentei em minha igualmente não confortavel cadeira para continuar a digitar os documentos que já estavam na minha mesa a aproximadamente um mês. não me julguem, eu simplesmente não me importo. e meu serviço é tão secundario que ninguem mais se importa. até onde eu sei eu posso brincar de cowboy o dia inteiro que ninguem vai se importar. eu só fico aqui por causa dos planos de saude, do carro, das ferias e outros. eu amo sindicatos. voltando aos ditos tardios papéis, sentado em minha cadeira de espinhos (eu acho que poderia processar os fabricantes por falsa propaganda ao botarem 'confortavel' nas caracteristicas do assento da tortura) comecei a ler os papeis. assim como com o companheiro do café, onde era pra estar 'Relatorio anual (algo que não me lembro)' estavam apenas palavras indefinidas. estranhei. fiquei confuso tambem. e estranhei a confusão da estranha situação. talvez alguem estivesse pregando uma peça em mim. mas eu não falo com ninguem aqui a esse ponto. o cara do café não tem amigos que não sejam aviões imaginarios, então não vejo ninguem aqui nesse comodo que teria feito isso. fui até o cubiculo da frente para perguntar para a simpatica moça acima do peso o que diabos havia acontecido com meus papeis e se ela havia visto alguem entrando no meu escritorio (eu gosto de chamar aquilo de escritorio, me faz sentir-me mais importante. a simpatica moça me disse que bvrheuow e nvfreuiwnp. nvudipew?. mas claro minha senhora, isso faz completo sentido. perguntei-me novamente se era brincadeira e mias uma vez exprimi meus pensamentos. e ela tambem disse egwsya7u (como o 7 entra na fala, não me pergunte). desisti e resolvi ir pra casa. no caminho achei estranho. todas as placas diziam palavras sem sentido. fiquei levemente preocupado. cheguei em casa mais preocupado ainda. cheguei e chamei minha mãe (sim, eu moro com minha mãe, foda-se). ela apareceu lavando um copo da cozinha e, com uma delicadeza que só minha mae sabe fazer, me perguntou se cewvtfquveuwq? eu travei. agora eu tinha quase certeza que não era brincadeira. ou era uma gigantesca e absurdamente bem elaborada e gostaria de comprar uma cerveja para quem fez isso tudo, e depois chut-alo soleemente no saco. perguntei, por protocolo já, para minha mãe se ela estava brincando. ela me disse haufehwuvgsayie. oh céus. falei para ela que não entendia nenhuma unica palavra do que ela estava falando. ela me fez cara de você esta brincando comigo (cara essa que já me consierava especialista) e me perguntou faflanurewo? repeti minha ultima fala. ela deixou o copo em cima de uma mesa por perto (o que eu considerei chato, acho muito mais épico quando jogado no chão) e veio correndo em minha direção dizendo coisas sem sentido. repeti minha fala a cada vez que ela falava algo. ela começou a aparentar realmente preocupada. subiu as escadas correndo e voltou com um casaco meu e me entregou. supus que fosse para eu usar então vesti-o. ela me falou algo com menos sentido ainda e saiu pela porta. perguntei aonde iamos. ela me falou flabelbrneia. falei minha boa e velha frase. ela falou mais devagar. o que não mudou nada, mas percebi que o 'e' era acentuado. repeti-me. ela aparentou ter uma ideia e escreveu algo numa folha de papel e me mostrou. idem. ela ficou agora confirmadamente preocupada. ela me desenhou uma cruz vermelha. supondo que ela provavelmente não estava propondo irmos ajudar doentes africanos e sim que iriamos ao hospital, concordei e segui-a até o carro. no caminho silencio total. primeiramente porque qualquer conversa duraria menos de 3 segundos e seria levemente unilateral, e em segundo porque eu não estava com animo de conversar. por algum motivo essa situação toda me deprimia. mas nem tanto. perceber que me deprimia mais nem tanto me deprimiu mais ainda. sim, tão estranho quanto. mas de qualquer forma, achei realmente estranho eu não estar tão deprimido, afinal, eu meio que não entendia nada que ninguem falava. mas eu me senti quase que neutro. minha confusão foi interrompida pela nossa chegada ao hospital. ao entrarmos na sala de espera, absurdamente lotada, minha mae foi direto ao terminal de atendimento.




são quase meia-noite, eu dormir tarde ontem e acordei cedo, meu dia foi pesado e eu estou com febre e dor de cabeça, a unica maneira de terminar esse texto é estende-lo por quase o dobro do tamanho atual, então me desculpem por terminar assim do nada mais entendam meu ponto.


boa noite a todos.


Iago Schütte

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