quinta-feira, 29 de julho de 2010

Head and Shoulders

When I moved to my new flat I was very happy but when I worked out that the whispering voices that I can hear when I put my head under the water in the bath belong to dead people I wasn't happy any longer, particularly because I realised that every time I put my head under the water when I had a bath the voices were slightly louder than the time before.
I tried not putting my head under the water when I had a bath but every fucking time curiosity got the better of me and I had to try it just for a second just to check and of course, even half a second of that sort of thing would bother anyone.
I keep asking the landlord to put a shower in but he prevaricates and says things like what do you want a shower for thats a lovely old bath thats an antique that is look at it it's Victorian you'd pay top dollar for one of those at the reclamation yard.
It's all right for him. He hasn't got fucking dead people talking to him every time he washes his hair.

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De um vídeo do Radiohead

terça-feira, 27 de julho de 2010

Жди меня

Wait for me and I’ll return,

Only wait very hard.


Wait as you’re filled with sorrow as you watch the yellow rain.

Wait as the wind sweeps the snowdrift.

Wait in the sweltering heat.

Wait when others have stopped waiting,

Forgetting their yesteryears.


Wait even when from afar no letters come to you.

Wait even when others are tired of waiting.

Wait even when my mother and son think I am no more,

And when friends sit around the fire drinking to my memory.

Wait, and do not hurry to drink to my memory too.


Wait – for I’ll return.


Defying every death,

And let those who do not wait say that I was lucky.


They will never understand that in the midst of death,

You, with your waiting, saved me.

Only you and I will know how I survived –

Because you waited as no one else would.

J ibuf sfmjhjpot.

foi uma situação desagradavel. na verdade, não pode se dizer que foi desagradavél. isso é pouco. a situação era terrivel. a ponto de você se perguntar o porque que alguem merece isso. foi assim que eu estava. a situação previamente citada começou assim como todas as coisas ruins que acontecem na vida de qualquer pessoa. do nada. sim, não negue, sempre que você esta na felicidade ou no conforto alguem/algo complica a situação (eu ia usar um termo não ortodoxo, mas nunca se pode garantir quem vai ler esse texto. e não quero ser processado, não deve ser agradavél. advogados sabem sugar seu dinheiro tõ bem quanto mentir. e as vezes usam de ambos. esse parenteses já esá bem grande, com licença) . eu estava muito bem, sim, surpreenda-se, e a vida ia bem. não havia do que reclamar. sim, havia uma reclamação aqui e ali. não existe uma unica alma viva nesse mundo que esteja completamente satisfeita com seu status quo. seja um rico em sua mansão ilegal que queria uma piscina com 5 metros a mais, ou um sem-teto que queria tirar o 'sem' de seu titulo. mas relevando a minha chatisse com as pequenas coisas, eu estava muito feliz. mas a vida é uma caixinha de surpresas que, assim como em caixinhas de surpresas reais, as surpresas são no geral desagradaveis. pois bem. era uma manha pacata, num dia pacato com situações pacatas e conversas pacatas. (e muitos poucos adjetivos). estava tendo uma conversa igualmente pacata com um homem do meu trabalho, gente boa, devia ser um pouco mais novo do que eu mas aparentava ser muito mais velho. ele falava algo sobre aviões. não que isso tivesse nada a ver com o que eu efetivamente fazia no trabalho, era aquele tipo de papo de duas pessoas que vão pegar um café e não querem ficar em um silencio constrangedor. e ele me vem falar de aviões. e ele, aparentemente, não conseguia perceber que aquele olhar em meu rosto dizia que eu não dava a mínima para o que ele falava. mas, pois bem, eu demorava para terminar meu café mas deixei-o continuar, quem sabe em algum momento da minha vida eu vou precisar saber sobre as revolucionarias medidas do novo air blá-blá-blá. no meio da conversa (enquanto ele me falava sobre a cauda aerodinamica do dito air blá-blá-blá) ele começou a falar estranho. falava apenas sons que não sabia distinguir de maneira nenhuma. começei a achar estranho assim como qualquer um acharia. perguntei o que ele estava falando. ele parou e repitiu o mesmo sons indefinido de pouco antes. eu fiquei parado, me perguntando se aquilo era uma brincadeira. resolvi perguntar isso à ele. ele disse que brveuoow? (não sei o que ele falou, mas aparentava ser uma pergunta). eu disse que ele não falava paravras com sentido. ele repetiu o som anterior. eu continuei encarando-o. ele disse vvndfje e colocou a mão no meu ombro e parecia preocupado com algo. falei esquece e me dirigi para meu cubilo não longe dali. o lugar onde eu trabalhava era bom. não maravilhoso. bom. tinha ar-condicionado, e isso ja contava muito, vide o calor do lado de fora, mas ainda era tudo incrivelmente monocrômico que eu ignorava a existência do resto das coisas. chegando na minha falha tentativa de um escritório confortavel, eu me sentei em minha igualmente não confortavel cadeira para continuar a digitar os documentos que já estavam na minha mesa a aproximadamente um mês. não me julguem, eu simplesmente não me importo. e meu serviço é tão secundario que ninguem mais se importa. até onde eu sei eu posso brincar de cowboy o dia inteiro que ninguem vai se importar. eu só fico aqui por causa dos planos de saude, do carro, das ferias e outros. eu amo sindicatos. voltando aos ditos tardios papéis, sentado em minha cadeira de espinhos (eu acho que poderia processar os fabricantes por falsa propaganda ao botarem 'confortavel' nas caracteristicas do assento da tortura) comecei a ler os papeis. assim como com o companheiro do café, onde era pra estar 'Relatorio anual (algo que não me lembro)' estavam apenas palavras indefinidas. estranhei. fiquei confuso tambem. e estranhei a confusão da estranha situação. talvez alguem estivesse pregando uma peça em mim. mas eu não falo com ninguem aqui a esse ponto. o cara do café não tem amigos que não sejam aviões imaginarios, então não vejo ninguem aqui nesse comodo que teria feito isso. fui até o cubiculo da frente para perguntar para a simpatica moça acima do peso o que diabos havia acontecido com meus papeis e se ela havia visto alguem entrando no meu escritorio (eu gosto de chamar aquilo de escritorio, me faz sentir-me mais importante. a simpatica moça me disse que bvrheuow e nvfreuiwnp. nvudipew?. mas claro minha senhora, isso faz completo sentido. perguntei-me novamente se era brincadeira e mias uma vez exprimi meus pensamentos. e ela tambem disse egwsya7u (como o 7 entra na fala, não me pergunte). desisti e resolvi ir pra casa. no caminho achei estranho. todas as placas diziam palavras sem sentido. fiquei levemente preocupado. cheguei em casa mais preocupado ainda. cheguei e chamei minha mãe (sim, eu moro com minha mãe, foda-se). ela apareceu lavando um copo da cozinha e, com uma delicadeza que só minha mae sabe fazer, me perguntou se cewvtfquveuwq? eu travei. agora eu tinha quase certeza que não era brincadeira. ou era uma gigantesca e absurdamente bem elaborada e gostaria de comprar uma cerveja para quem fez isso tudo, e depois chut-alo soleemente no saco. perguntei, por protocolo já, para minha mãe se ela estava brincando. ela me disse haufehwuvgsayie. oh céus. falei para ela que não entendia nenhuma unica palavra do que ela estava falando. ela me fez cara de você esta brincando comigo (cara essa que já me consierava especialista) e me perguntou faflanurewo? repeti minha ultima fala. ela deixou o copo em cima de uma mesa por perto (o que eu considerei chato, acho muito mais épico quando jogado no chão) e veio correndo em minha direção dizendo coisas sem sentido. repeti minha fala a cada vez que ela falava algo. ela começou a aparentar realmente preocupada. subiu as escadas correndo e voltou com um casaco meu e me entregou. supus que fosse para eu usar então vesti-o. ela me falou algo com menos sentido ainda e saiu pela porta. perguntei aonde iamos. ela me falou flabelbrneia. falei minha boa e velha frase. ela falou mais devagar. o que não mudou nada, mas percebi que o 'e' era acentuado. repeti-me. ela aparentou ter uma ideia e escreveu algo numa folha de papel e me mostrou. idem. ela ficou agora confirmadamente preocupada. ela me desenhou uma cruz vermelha. supondo que ela provavelmente não estava propondo irmos ajudar doentes africanos e sim que iriamos ao hospital, concordei e segui-a até o carro. no caminho silencio total. primeiramente porque qualquer conversa duraria menos de 3 segundos e seria levemente unilateral, e em segundo porque eu não estava com animo de conversar. por algum motivo essa situação toda me deprimia. mas nem tanto. perceber que me deprimia mais nem tanto me deprimiu mais ainda. sim, tão estranho quanto. mas de qualquer forma, achei realmente estranho eu não estar tão deprimido, afinal, eu meio que não entendia nada que ninguem falava. mas eu me senti quase que neutro. minha confusão foi interrompida pela nossa chegada ao hospital. ao entrarmos na sala de espera, absurdamente lotada, minha mae foi direto ao terminal de atendimento.




são quase meia-noite, eu dormir tarde ontem e acordei cedo, meu dia foi pesado e eu estou com febre e dor de cabeça, a unica maneira de terminar esse texto é estende-lo por quase o dobro do tamanho atual, então me desculpem por terminar assim do nada mais entendam meu ponto.


boa noite a todos.


Iago Schütte

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Cosmo-agonia Parte 2

Favor ler Parte 1
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era uma minúscula coisa que parecia com uma bexiga. nenhum ser como o algo poderia depois de tanto tempo vendo grandes bolas de algos explodindo constantemente não achar isso a coisa mais legal de toda sua existência. (não que você possa exatamente dizer que isso é uma existencia, mas não vamos entrar nesse papo existencialista e continuar com a historia). pois bem. o algo ficava observando a coisinha ululante durante eras. via como ela se mexia para a direita, depois para a esquerda. OH! agora ela foi pra cima. céus, é emoção demais para o coração teórico do algo. e assim foi, o algo foi vendo a pequena coisinha ir pra frente, pro lado, pra cima pra baixo. e se divertindo assim. e da mesma forma foi por um longo tempo. esquerda. direita. cima. baixo. OH! não. nada. ela só foi pra direita de novo.
o algo se cansou.
convenhamos que você tambem se cansaria. ficar vendo a mesma coisinha fazer as mesmas coisinhas durante um periodo de tempo tão absurdo quanto o algo ficou, você tambem se cansaria. eu me cansei e o nada se cansou.
o algo então, exausto dessa falta de novas direções, resolveu fazer outras coisas. talvez fazer aqueles tão esperados buracos negros que a tempo ele planejava. eles sim tem cara de ser divertidos.
e deixou a bexiguinha sem criatividade para trás.
buracos negros de fato divertiram o algo além do que a bexiguinha inútil divertiu-o por muito tempo. talvez até por tempo demais. porque o algo cansou deles. sim, ele é tão voluvel quanto.
na falta do que fazer, nada mais natural para o algo do que ir checar o que andava acontecendo na existência a sua volta. e talvez até visitar o nada, porque não?
tudo ia bem. coisas explodindo e pegando fogo como planejado. ah... a existência. mas então o algo se lembrou que havia algo que ele ainda não havia checado. a sua entediante bexiguinha. fazendo uma visita rápida à insignificante pedra azul, o algo ficou chocado ao descobrir que tudo havia mudado. antes não havia simplesmente nada (não aquele nada) na pedra redonda. agora tudo havia mudado. haviam grandes coisas verdes na terra e pequenas coisas na agua. mas que bonito! então a bexiguinha fez algo alem de ir para a esquerda!
o algo ficou então acompanhando as coisas daquele planetinha insignificante. as novas coisas eram de fato bem mais legais do que a bexiguinha jamais foi. as coisas verdes tinham um cheiro bom e as pequenas coisas na agua iam em bem mais direções do que a bexiguinha. e ainda faziam curvas! era muita felicidade para um algo só. e agora que havia tanta mais coisa acontecendo, o algo ficou observando aquele planetinha e deixou o resto do universo se cuidar sozinho, ele já tinha idade para isso.
com o tempo o algo foi vendo, e ficando maravilhado, com as coisas que aconteciam naquele lugar. coisinhas se alimentavam de outras coisinhas, e enquanto limpavam os dentes dos restos da coisinha que eles haviam acabado de comer eram comidas por uma coisa. que rindo da ironia da situação se pegava distraída do ataque da coisona que a surpreendia por trás. era uma surpresa atrás da outra.
e se tal diversão não fosse o suficiente, em um momento uma das coisinhas resolveu checar o que estava acontecendo fora da agua. por curiosidade ou por falta de vontade de ficar vendo coisinhas se alimentando de coisinhas inocentes, essa coisinha aventureira abriu um novíssimo capitulo na historia do Planetinha de Diversão do Algo. esse coisa aventureiro teve pequenas coisinhas aventureiros que por sua vez tiveram coisinhas aventureiras juniors. e assim foi. e quando o algo menos percebeu, na terra das grandes coisas verdes haviam muitas e muitas coisinhas aventureiras. ou seja. agora o algo tinha duas fontes de entretenimento! eu não consigo descrever em palavras como isso deixou o algo entusiasmado. se antes já tinham muitas reviravoltas na historia, agora com todas essas grandes coisas verdes para as coisinhas aventureiras subirem e saltarem de, a historia vai ficar bem mais interessante.
com o tempo, as coisinhas aventureiras deixaram de serem coisinhas e viraram gigantes coisonas aventureiras. e coisas gigantes sempre deixavam o algo empolgado. e quando uma coisa gigante atacava uma coisa de igual gigantosidade e as duas travavam uma batalha epica, apenas para descobrir que essa batalha se travava em cima de outra coisona mais epica ainda e as duas coisas gigantes eram engolidas era o clímax para o algo.
depois de um tempo, o algo se cansou (novamente) do que acontecia e resolveu fazer uma mudança brusca no roteiro da historia. mas o que? mas é claro! vamos jogar uma grande pedra no planetinha e ver o que acontece. e isso o algo fez. mas para a surpresa do algo, depois que ele jogou a pedra ele percebeu que talvez ela fosse grande demais. e acabou destruindo basicamente todas as grandes coisas que ele tão amava. isso chateou bastante o algo. ele fez uma cagada pesada. mas enfim, talvez algo bom viesse disso.
o algo então percebeu que as coisas epicas e destrutivas tinham dado lugar a umas coisinhas peludas e, bem, normais. e isso não tinha muita graça para o algo, e com o tempo ele foi perdendo interesse nesse novo mundo que ele havia criado. essas coisinhas no maximo jogavam frutas das grandes coisas verdes umas nas outras. e só. nada de mais. qualquer um faz isso.
e então o algo se cansou do planetinha e resolveu partir pra uma próxima.
mas o algo, de saida, viu algo. (não ele mesmo, algo no sentido de alguma coisa). ele olhou mais de perto. uma das coisinhas peludas, que era meio diferente das outras, andava em duas patas e tudo mais, não estava com um olhar vazio como todas as outras, ela tinha um olhar diferente, e esse olhar estava voltado não para o ambiente à sua volta, ele estava voltado para outro lugar.

'Espera aí. ela esta me vendo?!'



Iago Schütte

terça-feira, 6 de julho de 2010

right or left?

tem pessoas que nascem com um dom incrivel. tem gente que sabe dançar, tem gente que sabe cantar, tem gente que sabe arrotar o alfabeto. cada pessoa tem a coisa que sabe fazer melhor. mas tem pessoas que tem dons simplesmente incriveis, seja ler um livro em meia hora ou arrotar o alfabeto ao contrario. mas, esse homem em questão (devo citar, há um homem em questão nessa história) tinha o dom supremo. ele estava sempre certo. simples assim. não que se ele falasse que um país não existia e ele fizesse puf do mapa. ele simplesmente, sempre estava certo. ele sabia a resposta para tudo. se pedissem ele para responder uma pergunta, ele sabia responde-la com perfeição ao minimo detalhe, mesmo nunca tendo ouvido sobre o assunto. mas se pedisse para ele do anda criar algo ou desevolver algum raciocinio ele não conseguia. precisava de um ponto de partida.
claro que desde sua tenra idade pessoas começaram a notar seu dom (ou sua sorte, como quiser). e então o homem em questão cresceu em meio a uma nuvem de 'omfg, esse cara é foda, ele sabe de tudo, vamos dar coisas para ele mesmo não sabendo direito quem ele é'. mimado pra caralho.
mas é claro, convenhamos, se houvesse alguem no mundo sem-graça (real) que realmente estivesse sempre certo, caramba, ele seria dobalacobaco. digo, eu compraria uma cerveja pro cara, sabe?
ou talvez não.
porque, assim como aconteceu com o homem em questão, ele se tornou um filinho de papai imbecil. imbecil literal e figurativamente. o primeiro porque ele não precisava realemente aprender nada, quando perguntassem ele saberia dizer e ficava por ai mesmo. e o segundo porque ele ficou um saco por causa disso. ninguem podia ter uma discussão porque ele estava sempre certo. e pessoas que estão sempre certas percebem, cedo ou tarde, o poder que tem em suas mão.
o homem em questão desde cedo soube do poder que tinha e conseguiu aproveita-lo da melhor (ou pior, depende do ponto de vista) maneira possivel.
chantageava pessoas, enganava-as, criava discussões sem motivo porque ele sempre ganharia.
eu faria o mesmo
confesso
vocês leram o ultimo texto (ao menos espero que sim), e sabem que qualquer pessoa que tivesse o poder de estar sempre certo nas mão aproveitaria-lo e se tornaria um imbecil. mas esse cara exagerou. literalmente ninguem gostava do cara. e quem gostaria? falavam com ele porque era um compania poderosa e tinham medo de te-lo como inimigo. e assim cresceu o homem em questão, poderoso e um saco.
mas a vida é uma caixinha de surpresas.
e um belo dia, o homem em questão estava vivendo sua vida imbecil, estando certo e esfregando isso na cara de todo mundo. rotina. mas nesse dia em questão, o destino, se divertindo com um casal ai por perto, resolveu se divertir as custas do homem em questão.
o destino nem sempre é um cara legal. ta ta, ha quem diga que o destinho sempre o ajuda a fazer o que planeja e bla bla bla, mas, convenhamos, ele é um louco por adrenalina, ele precisa de mudanças bruscas na historia. ta todo mundo feliz, correndo de mãos dadas pelo campo florido quando do nada BAM! explosão nuclear. esse é o destino. se divertindo as suas custas.
mas de volta à estória do homem em questão. quando o dito cujo estava à seu caminho de sua caminhada matinal certa, pelo caminho certo e no tempo certo, o destino apareceu e deu uma mexida em tudo. sem o homem perceber é claro. e quando um pacato cidadão veio perguntar ao homem em questão que horas eram e o homem em questão respondeu o horario errado o mundo parou.
podem falar que é exagero, mas em minha historia o mundo parou.
ok, o mundo continuou, newton, incercia, bla bla bla. é melhor dizer que as pessoas do mundo pararam. as vezses meio inconvenientemente, muitas dirigiam. parar de se mexer quando estiver dirigindo pela adrenalina pode ser legal, mas por choque nunca é bom. você fica travado até que um outro carro, dirigido por um ser igualmente travado resolva dar um abraço apertado no seu carro.
choque.
todos, de todos os cantos por onde aquela resposta errada ecoou olhavam para o homem em questão.
o homem que tudo acerta havia errado.
choque.
o homem em questão já era tão famoso por seus acertos que o mundo já o conhecia, era uma real celebridade mundial, e ve-lo finalmente cometendo um deslise era simplesmente o clímax de uma semana chata.
pessoas e suas tendencias por escandalos com celebridades
não preciso dizer que o choque durou por mais um longo tempo. o homem em questão tambem estava em choque. o mundo meteu o dedo na tomada basicamente.
depois disso o homem em questão simplesmente continuou a acertar, mas as vezes errava. e de pouco em pouco ele foi perdendo sua credibilidade. todos erramos, é normal, e se aquele cara tambem erra, ele é normal, então porque diabos a gente tem que continuar a se importar com ele?
o homem em questão deixou de ser o homem em questão e se tornou só o homem. deixou de ser o imbecil imbecil que tudo acertava para ser o imbecil imbecil que erra assim como todo mundo.
se tornou um de nós. isolado. mas um de nós de qualquer forma.


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havia um motivo mais profundo para esse texto, mas eu me distrai há um tempo atrás, então vou deixar para terceiro encontrarem um significado profundo aqui.

Iago Schütte